A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

segunda-feira, julho 10, 2006


Isto era para ser apenas um comment ao post prévio mas prefiro que não haja confusões.

Estou um pouco desiludido porque pelos vistos ninguém percebeu este “poema”, especialmente os meus amigos ateus ou porque passaram esta fase muito prematuramente e já não se lembram ou porque já foram educados para o ateísmo no seio familiar. A minha recém amiga Daniela foi a que ficou mais perto porque “fantasma” é uma espécie de “espírito”, parte integrante do “Amigo”. Por isso, vou aceder ao pedido do desenho do Sem Quórum.
Imaginemos uma personagem criança, que como qualquer criança, vai se apercebendo das petas que lhes vão metendo durante a sua infância e dos amigos que supostamente a acompanham em várias fases da sua vida: a fada madrinha quando cai um dente; o Pai Natal na dita época festiva (originalmente Dia de Apolo) e aquele que supostamente nos deveria acompanhar toda a vida mas que nunca responde.
E para ser ainda mais claro acrescentei o “desenho” em cima porque o que foi utilizado no “poema” é um pouco dúbio.

PS. No próximo post vou bater no mesmo ceguinho. Desculpem aqueles que se sentem ofendidos mas sinto que é o meu dever desmascarar um embuste de vinte séculos.
Abraço
MF

7 comentários:

Al Cardoso disse...

Ainda nao cheguei a tua fase, mas anda por ai perto.

Um abraco beirao.

Anónimo disse...

Oi Marco!
Agradeço teres acedido a fazer o desenho, mas eu apenas brincava... Claro que percebi o alcance e o sentido do poema, que apreciei, a sério!
De qualquer modo, só por o meu comentário ter-te incentivado a fazeres o postal, já fico satisfeito pelo equívoco.
Agora, arranja umas ilustrações melhorzinhas, porque estas cheiram muito a teosofia e a Alan Kardec e pinóquios afins...
Aquele abraço,
ALM

O Micróbio II disse...

Ah! Finalmente percebi... afinal o problema baseia-se em "recalcamentos" de infância!

Anónimo disse...

Não, caro Micróbio, não tenho, felizmente, tantos traumas de infância como alguns. Não fui, por exemplo, abusado sexualmente, como muitos foram, por membros do clero.
Aliás, não consigo perceber como pessoas com a tua instrução e inteligência consegue ainda acreditar em tal coisa tão estapafúrdia. Nem depois da explanação de argumentos irrefutáveis, dirigidos especialmente à tua pessoa, do meu grande amigo Sem Quórum em que não tiveste resposta, continuas nesta teimosia jumenta. Ou será mais o gosto pela estética clerical e os seus rituais ou tens algum investimento nessa instituição ou ... De facto, é um enigma. Hás-de me explicar, já que não o fizeste anteriormente. Em vez de mandar umas bocas ocas e uns lugares comuns para o ar, gostaria que me provasses a existência de tal entidade que não nasceu e que nunca morrerá.
Não venhas falar de fé, esse "gimmick" de marketing utilizado ao longo dos tempos que não tem fundamento algum.
Ainda estamos à espera de uma verdadeira refutação.

Abraço

MF

O Micróbio II disse...

A gestão do silêncio pode ser interpretada da maneira mais diversa... mas não é certamente sinónimo de "quem cala consente". Se pões em dúvida que um ser inteligente não pode ser católico (não falo pelas outras religiões que certamente colocarás no mesmo saco)... que queres que eu te diga? Se designas por "irrefutáveis" os argumentos do António só porque não obtiveram resposta deste lado... que queres que te diga? Se mandas para o ar "bojardas" sem nexo nenhum e a roçar a difamação e calúnia como essa do "gosto pela estética", ou até um provável "investimento" e achas isto um enigma... que queres que te diga? Se não queres que te fale de "fé" porque nem sequer sabes o que é... que queres que te diga? Mas não te preocupes que nessa tua demanda nunca te sentirás sózinho... desde o seu início que o catolicismo sempre teve os seus perseguidores... e sempre continuará a ter porque afinal de contas o homem terá sempre a liberdade de poder optar por acreditar ou não.... que queres que te diga? Ou por acaso queres que te diga que certamente entre muitos pedófilos se encontram muitos ateus... mas é claro que esses não chamam assim tanta a atenção jornalisticamente. Cheira-me a discussão entre paixões... tu do lado dos ateus e eu do lado oposto! E quando as paixões se discutem, o espaço da tolerância diminui! Mas tu faz como quiseres...

O Micróbio II disse...

Esqueci-me apenas de um pormenor... se as minhas "bocas ocas" te ferem, avisa!

Ai meu Deus disse...

Algumas (hipó)teses a propósito:

1. O fenómeno religioso é mais complexo do que as fantasias (e os enganos) infantis.

2. Religião e Deus não se identificam (e o Vaticano é uma excrecência). Deus pode sobreviver à (morte da) religião. O próprio Deus dos filósofos não é o Deus das religiões.

3. Deus-ideia pode sobreviver à (morte de) Deus-entidade. Tal como as Ninfas (sobre)vivem nos Lusíadas. Lopes Graça compôs música sacra, ele que era ateu. Eu, que sou ateu(?/agóstico(?), inebrio-me com a mística da música de Bach, quase toda religiosamente inspirada.
Deus pode sobreviver como categoria estética (por exemplo)?

Abraço ateu.