A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

quarta-feira, abril 25, 2007

À Jovem


Jovem, jovem de irregular
Estado
De espírito

Altos e baixos
Dores
De crescimento
São próprios

Jovem, jovem de cativo
Nativo
Por inerência

Muitos erros e asneiras
Garotices e desvios
Más influências

Jovem, jovem ingénua
Fruto de família
Pátria e deus

Conseguiu esse padrasto
Enterrar
A madrasta desdenhar
E partir para a aventura
Muitas vezes insegura
Que ainda muito dura

Jovem, jovem aprendiz
Ainda sem grande
Sentido de Justiça

Fuja, fuja, jovem
Desses fantasmas errantes
De má memória
Medonha, amorfa e triste

Jovem, jovem confusa
De tanto tempo
Enfornada no seu quartinho

Vai agora ainda a meio
Caminho
Caminha
Na direcção certa
Por ruas e caminhos
Manhosos
Amigos
De vez em quando
Os há
Com outros no entanto
Lições tem já
De valioso contributo
Que merece
Sem saber muito bem
Como aplicar
Mas
Lá vai se alimentando
Saudável e forte
Ao Destino
Chegará
Pois o passado
Está pra trás
Com os erros
Aprenderá
A vida triste
Não repetirá

Viva Jovem!
Viva, Jovem!
Viva a Jovem!

quarta-feira, abril 18, 2007




Pronto! Acabou-se a minha atitude, desde algum tempo, contida, em relação à Igreja!

Para fazer jus ao nome deste blogue e, por assim dizer, meu pseudónimo, tenho que escrever sobre o que li do aniversário do ex – Rotweiler da Igreja, entretanto, promovido a Pastor Alemão (Lobo da Alsácia mascarado, dizem alguns), o mais alto membro da Igreja Católica Apostólica Romana, o Sr. Josef Ratzinger, graciado com o nome do tipo monárquico, Bento XVI, a contextualizar com o seu Império deprimente e em muitos sítios decadente.

Consta-se que esta personagem clérico – aristocrática teve honras de aniversariante, centrado obviamente na sua pessoa, com os mais diversos acontecimentos, destacando-se as festividades na sua terra natal, com o badalar de sinos às quatro da manhã, hora a que o rico bebé rico nasceu há 80 anos. Os dörfer parecem que não se queixaram. Pudera! A sua terrinha nunca foi tão publicitada, constando-se destacadamente nos roteiros beatos. Até se fizeram pastéis de mitras em miniatura (tão giros!) entre outros acessórios pontificais.
Houve, claro, todo um aparato de eventos e homílias, e coisas que tais, no Vaticano a assinalar a data de importância impar no mundo cristão … quer dizer católico.

Esta figura divina, santificada logo na sua entronização, de facto, merece toda esta ostentação, opulentamente espectacularizada.

Fiquei, acima de tudo, tocado com o gesto de Sua Santidade aniversariante, de ter concedido, com a sua majestosa generosidade, a dispensa de serviço aos seus cerca de mil funcionários, dando-lhes ainda por cima 500 euros a cada um. Hah! Não é qualquer um que dá 500 000 euros de esmola de uma só vez, só quem, de facto, é agraciado divinamente.

“Obrigado, meu Deus”, terão dito os tais funcionários, “por nos conceder estas prendas através do Seu mais alto representante na terra”.

De facto, Deus, há Humanos e humanos, não é? … Pois é!

Mesmo se fosse crente, consideraria isto tudo uma afronta. Toda este enaltecimento de uma pessoa … o egocentrismo … o endeusamento … a opulência …a condescendência … enfim, a sobranceria.

Desculpem. Vou parar por aqui, o meu estômago já não aguenta …
PS. Os meus agradecimentos ao Kibeloco, pela tira.

segunda-feira, abril 16, 2007

Estância Suprema Lusitana


Ai de vós, ai de vós
Que voltem a sujar
O bom-nome leonino

Ai de nós, ai de nós,
Que não podemos informar
Situações e factos com tino

Ai dele, ai dele
Que só sabe govengenhar
De diploma repentino

Ai do agente, ai do agente
Que não pode policiar
O terreno comercial e divino

Ai do povo, ai do povo
Que não sabe trabalhar
Ao toque de sino

Ai da gente, ai da gente
Que não sabemos dar
Uma tareia no menino

Ai de mim, ai de mim
Ainda tanta coisa por dizer
Deste Portugal tão pequenino
E que tanto precisa
de fazer o pino

domingo, abril 08, 2007

RTP - Serve-se ao Público


O PSD, através do deputado reputado Agostinho Branquinho, veio recentemente defender a privatização da RTP1, numa primeira fase, e depois a RTPN, por estes canais não estarem a prestar um serviço público, dando o exemplo de programas como O Preço Certo, no caso do canal 1 e do facto de nenhum dos canais públicos referidos oferecerem serviços diferentes dos outros canais privados portugueses. A acrescentar a tudo isto os custos de dinheiros oriundos dos contribuintes que atingem os 75 Euros ano, por família.


Os do PS vêm contestar dizendo que programas de entretenimento como O Preço Certo são serviço público e que o PSD está a fazer política demagógica.

Por um lado, posso concordar que o antigo O Preço Certo em Euros serviu, um pouco, como serviço público, para que as pessoas se habituassem à moeda nova, mas esse propósito penso que já foi ultrapassado (ou devia, já que muitos portugueses ainda vivem no tempo dos “contos de reis”), passados oito anos da criação da moeda única e cinco anos da sua introdução em circulação efectiva.


Eu se fosse deputado do PS poderia enumerar muitas outras transmissões de interesse público, como Dança Comigo, Um Contra Todos, as touradas, as missas do Galo e pascais, o padre Baldas (ou será Borgas?) a cantar “Põe a mão …”, os debates futebolísticos … sem falar nessa obra-prima que foi Os Grandes Portugueses, entre muitas outras pérolas televisivas.


De facto, a RTP que já atingiu a idade madura de 50 anos, contínua a primar pela qualidade, com apresentações gráficas sofisticadas, um vanguardismo nas suas edições jornalísticas e reportagens, para não falar nas entrevistas oportunas, na sua imparcialidade nos Prós e Contras, com esse grande vulto da televisão, Fátima Campos Ferreira, as poucas gaffes e lapsos nos directos, e por aí fora.

Sabendo das intenções, gerais, do Sr. Agostinho Branquinho, político astuto, muito em voga ultimamente, não deixo de gostar das chamadas de atenção em relação à comunicação social.


De facto, a RTP tem contribuído com um serviço público notável, não deixando de informar as pessoas dos vários produtos de consumo no mercado, algo que noutros canais passa despercebido nos intervalos de 15 – 20 minutos.

quinta-feira, abril 05, 2007

Aplausos para os Gato Fedorento

"Isto é uma espécie de agradecimento" ao grupo de humoristas “Gato Fedorento” do qual já era fã. Fiquei contentíssimo ao ler, no Público, desta iniciativa e aí está o cartaz que figura ao lado do do PNR. Excelente!