A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

sexta-feira, junho 30, 2006

PEDRADA


Há um ditado inglês:

“Sticks and stones will break my bones but words will do no harm.”


Traduzido quer dizer mais ou menos:

Paus e pedras partem-me os ossos mas as palavras não me farão mal.


Apetece perguntar:

E se depois das palavras vêm os paus e as pedras?

Ou então quem é que alinha numa “pedrada”?

segunda-feira, junho 26, 2006

FUGAS

Hoje é um dia dedicado à reflexão de um dos grandes males que aflige o mundo.

Todos nós temos as nossas fugas. Uns vão mais longe que outros. Uns vão tão longe que não regressam mais.

A Vida é tão bela e tão cruel ao mesmo tempo.
Aquilo que é muito belo é quase sempre efémero e insuportável.
Sem querer ser condescendente, relembro que há drogas que não destroem tanto:
Futebol … ler … escrever … enfim outras coisas que nos poderão remeter para um mundo paralelo de felicidade.
Há quem se vire para a religião … enfim … não posso condenar … embora considere que seja uma das que provoca mais alucinações e ilusões e por vezes é precocemente mortal.

Um abraço a todos que procuram a felicidade.
Tentem não se matar ao fazê-lo e não destruam a vida de outros por arrastamento.

terça-feira, junho 20, 2006

Eurofederal - She sits and waits


She sits and waits.
Her heart aches.
Her children are afar.
They only care about their petty little lives and their petty little problems.
They are worried about their big problems.
They only remember their siblings when they feel they will get something out of it.
They argue and fight. They hardly agree on something to the full.
They only have meals together at the table on the festivities. Even then they argue.
They don’t remember their roots. The adopted children are looked at with disdain.
Their mother sits and waits.
Her heart aches.
“When will we become a real family? Maybe ... one day ... before I die.”

sexta-feira, junho 16, 2006

SORTE MACACA


A notícia de um acto hediondo, testemunhado, de o responsável máximo das Casas do Gaiato, padre Acílio Fernandes, em que este esbofeteou um menino de cinco anos, fez-me lembrar um filme excelente de Woody Allen “Match Point” no qual a ideia transmitida é de que a vida de uma pessoa é decidida pela sorte.
A vida de facto é um conjunto sequencial de acções imprevistas. É feita de um conjunto de seres que se encontram e a amálgama de vontades de cada um formam um caos ordenado de acontecimentos que originam a direcção das suas vidas.
Não, não é o destino. Isso pressuporia que houvesse uma espécie de programação de todas as vidas, por uma entidade omnisciente.
À partida este exercício seria de uma estupidez atroz. Numa visão cristã estariamos perdoados ou danados à nascença. Já se saberia quem é que seria ladrão, assassino, mentiroso ou honesto antes de nascer. Não faz sentido.
Sendo assim:

é preciso ter sorte …
para nascer no seio de uma família católica e ser baptizado para assim obter a salvação e a consequente vida eterna.

para nascer numa família que dê amor, carinho e acompanhamento durante a vida.

para não nascer na Faixa de Gaza e ter como única saída de orgulho e de realização pessoal a de ser um bombista suicida …

PS - Faço um repto para quem lê este post que continue nos comments esta sequência aleatória de sortes.

sábado, junho 03, 2006

acrescentando


vou
respirando
ofegante confiante
esganado zangado alegre
vendo
cegamente claro
embriagadamente sóbrio
lucidamente enublado
ouvindo
tontamente interessado
desinteressadamente atento
concentradamente distraído disperso
lendo
profissionalmente aborrecido
avidamente faminto
falando
oralmente gestual
visualmente expressivo
embrulhadamente vago
pensando
existindo
passivamente
participativamente morto
efusivamente revolucionário
teimosamente conservador
socialmente aspirante
indubitavelmente existente
poeticamente ridículo
vou
sentindo sobretudo
ferozmente agradecido a Amigos
amando a minha Família
profundamente
sendo
divinamente liberto
estupidamente resistente
temporariamente presente

quinta-feira, junho 01, 2006

3º Ciclo do 3º Ciclo – Guerra Fria

Com a avaliação dos professores a ser feita, em parte, pelos pais e encarregados e de educação responde a Fenprof que o ME “comprou uma guerra terrível”.
Acho muito bem! Acho que até nos deveríamos avaliar todos uns aos outros.
Os professores deveriam, também, avaliar os pais e os encarregados de educação e se estes tivessem duas menções negativas o Estado retiraria a custódia dos respectivos educandos.
Mas não pararíamos aqui. Esta inter – avaliação alargar-se-ia a toda sociedade. Os doentes avaliariam os médicos e vice-versa., podendo os médicos ser afastados e os doentes perderem o direito à assistência médica. Estas medidas seriam aplicadas com os criminosos e polícias; os prisioneiros e guardas – prisionais; os guardas – prisionais e os directores prisionais; o público e os mass – média; os beatos e congregações em geral e os padres; os padres e os bispos; os bispos e os cardeais; os cardeais e o Papa; o Papa e …; enfim a todos os sectores da sociedade portuguesa.

Com esta avaliação mútua. Seria a sociedade Big Brother no seu pleno. Seria como na Guerra Fria em que os antigos blocos se vigiavam mutuamente e em que ninguém ousava lançar o primeiro míssil porque então não ficaria ninguém para festejar a vitória.

Todos os males acabariam. Ninguém ousaria atirar a primeira pedra.

Sou a informar que é obrigatório uma avaliação qualitativa (insuficiente, regular, bom, muito bom, excelente) em relação ao autor deste post nos comments.

Obrigado.