A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

terça-feira, julho 25, 2006

Diálogo genericamente estúpido na farmácia

Baseado em factos reais.

- Boa tarde!

- Boa tarde! Em que é que lhe posso ser útil?

- Tenho aqui uma rexeita da xôtora para um medicameinto.

- Ora, vejamos … Temos, então, uma receita para um anti – biótico. Sim, senhor …
Tenho aqui este que é da marca indicada na receita e tenho aqui este genérico. O que é que prefere?

- Não estou a perxebere …!

- A Sra. Dra. não pôs as cruzes aqui em baixo. A maioria dos médicos assinalam que só pode ser os medicamentos por eles indicados mas a sua médica deu a opção de escolher entre o da Bayer e um genérico ao não pôr as cruzes aqui em baixo … está a ver …?

- Ahhhhhhhh! Eu cá só compro coijas de marca, mesmo na feira ... Eu já ouvi falar dexass coijas na televijão. Qual é a diferenxa?

- Bom a única diferença é que o da Bayer custa 25 euros e 62 cêntimos e o genérico custa 6 e 15, minha senhora.

- Ah, sim? E agora …? Não sxei …? Estas coijas mais baratas são de dexconfiar…? A maioria dos médicos põe as crujes, não é …? Será que a minha médica se exquexeu de pôr as crujes …?

- Minha senhora, são exactamente iguais, só que um não tem marca e, portanto, é mais barato.

- Ummmm! Não sxei, não sxei ….?
Perguntas, um pouco retóricas, do Morffina:

1- Porquê é que ainda se faz a pergunta da escolha?
2- Porquê é que existe o espaço das cruzes, a ser preenchido, conforme o critério dos médicos, no fundo do formulário das receitas?

sexta-feira, julho 21, 2006

Eurofederal - Balanço Positivo

Depois de verificar com uma certa mágoa as várias manifestações de desinteresse e de eurocepticismo em relação à UE, por parte dos portugueses, em conversas do dia-a-dia e de inquéritos vários ultimamente feitos, demonstrando muitos dos meus compatriotas uma memória e visão bastante curta, foi com agrado que li um artigo numa revista chamada “País Positivo” que vinha dentro do “Público” de hoje intitulado “1986 – 2006” – Portugal comemora 20 anos de adesão à Comunidade Europeia” baseado em dados da INE, Eurostat e da Direcção – Geral do Desenvolvimento Regional.
Este artigo refere que apesar da UE estar a atravessar uma crise de contornos indefinidos o país avançou na boa direcção, melhorando os índices económicos e o nível de qualidade de vida.

Realço alguns aspectos positivos flagrantes:

- A esperança de vida passou dos 70,3 para os 74,5 anos nos homens e de 77,1 para 81 anos nas mulheres.

- Em termos de PIB a diferença de Portugal relativamente à média da UE diminuiu: o PIB per capita (em Padrão de Poder de Compra) passou dos 54,2 por cento em 1986 para os 68 por cento em 2003 (UE a 15).

- O investimento em acessibilidades foi significativo, uma vez que em 1986 havia 196 km de auto-estradas, hoje há 2091 km.

- A taxa de inflação sofreu uma descida, dos 11,7 para os cerca de 2,2 por cento.

- A taxa de juro em 1986 era na ordem dos 15,8 por cento em 2005 desceu até aos 3,4.

- Percentagem de despesa do PIB em Investigação e Desenvolvimento passou de 26,4 por cento da média europeia para os 40,2 por cento.


Gostaria que a UE não perdesse o seu rumo e continue a ser um modelo mundial de bem-estar social e de respeito pelas diferenças a todos os níveis. Que não envereda por um caminho demasiado economicista. Penso que será fundamental para o futuro da humanidade.

quarta-feira, julho 12, 2006

Monólogos de um Papa


A propósito da visita muito oportuna do Papa a Valência pela ameaça espanhola à “família tradicional” e a consequente ameaça ao Império.
Azar dos azares, Deus pregou mais uma partida. O acidente no Metro.

Bento XVI rezou. Terá ele feito a mesma pergunta, como fez à pouco tempo em Auschwitz? Uma coisa é certa. Se fez, a resposta deve ter sido a mesma.


Warum, mein Gott? Warum?

Gott …? Gott …? Gott …? … Gott …???

… Ach, scheiss!!!

Oh, well… The show must go on.

segunda-feira, julho 10, 2006


Isto era para ser apenas um comment ao post prévio mas prefiro que não haja confusões.

Estou um pouco desiludido porque pelos vistos ninguém percebeu este “poema”, especialmente os meus amigos ateus ou porque passaram esta fase muito prematuramente e já não se lembram ou porque já foram educados para o ateísmo no seio familiar. A minha recém amiga Daniela foi a que ficou mais perto porque “fantasma” é uma espécie de “espírito”, parte integrante do “Amigo”. Por isso, vou aceder ao pedido do desenho do Sem Quórum.
Imaginemos uma personagem criança, que como qualquer criança, vai se apercebendo das petas que lhes vão metendo durante a sua infância e dos amigos que supostamente a acompanham em várias fases da sua vida: a fada madrinha quando cai um dente; o Pai Natal na dita época festiva (originalmente Dia de Apolo) e aquele que supostamente nos deveria acompanhar toda a vida mas que nunca responde.
E para ser ainda mais claro acrescentei o “desenho” em cima porque o que foi utilizado no “poema” é um pouco dúbio.

PS. No próximo post vou bater no mesmo ceguinho. Desculpem aqueles que se sentem ofendidos mas sinto que é o meu dever desmascarar um embuste de vinte séculos.
Abraço
MF

sexta-feira, julho 07, 2006

Fase da vida de uma criança


O meu Amigo morreu
O meu grande Amigo morreu
Que alegria
Consigo respirar
Por um lado fico triste mas por outro sinto-me tão liberto
Mais vale só do que mal acompanhado
Afinal o Amigo era Inimigo
Inimigo porque era falso
Não era dissimulado
Era falso
Falso porque afinal não existia
O meu Amigo era nada
E nada não existe
Nem Inimigo era
O meu Amigo era imaginário
Que alívio
O meu Amigo morreu
Dependia tanto Dele
Finalmente estou
Livre