A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

terça-feira, setembro 26, 2006

Eurofederal - Ryder Cup





Fiquei extremamente comovido ao ver, este fim-de-semana, irlandeses, britânicos, suecos, espanhois, portugueses (sporttv) ... a festejar a vitória da selecção europeia de golfe na Ryder Cup frente à equipa norte-americana, sob a mesma bandeira ... a da Europa.

Congratulations Europe!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Divagações - O valor da vida


As palavras de Milan Kundera nos capítulos iniciais de “A insustentável leveza do ser” deixa-nos com um sentimento misto de inquietude e de constatação libertadora.
A utilização, nesta obra, do ditado Alemão “einmal ist keinmal”, uma vez é nunca, à partida dá-nos a ideia de que a nossa vida não tem grande valor, mas, por outro lado, diz-nos que é única e que só temos direito a um ensaio que não chega a ser propriamente ensaio porque um ensaio pressupõe uma tentativa ou várias tentativas para depois na hora da verdade tudo correr bem.
Em termos de showbiz poderíamos dizer que a nossa vida passa directamente para o palco sem castings nem ensaios.
Mas, imaginemos que tínhamos essa hipótese de viver mais que uma vida, podendo conscientemente corrigir e / ou experimentar outras situações tendo como exemplos as experiências de vidas anteriores. Que valor daríamos às vidas anteriores e à actual? Que valor daríamos às relações pessoais mais íntimas das várias vidas? E o que aconteceria se encontrássemos essas mesmas pessoas noutra vida, já que essas mesmas pessoas teriam a possibilidade de viver outra vez? Não teríamos nós saudades sufocantes de pessoas de outras vidas? Não haveria uma desvalorização das várias vidas, das relações e da própria vida?
Enfim, penso que não preciso de ir mais longe nestas conjecturas utópicas para contradizer o supracitado ditado Alemão pelo menos em relação à nossa vida. Aí, eu substituiria o “einmal ist keinmal” por um “einmal ist das einigste Mal”, uma vez é a única vez.
Portanto, a meu ver, o facto de ser uma única vez (a nossa vida), faz dela algo tão valiosa, do mais valioso que se pode atribuir ao quer que seja, que nunca mais se repete. Aliás, cada momento desse todo, nunca mais se repete. E esses “todos” em conjunto formam um “Todo” que é temporário e nunca se repetirá.