A dor é a manifestação primordial da vida. Tudo o que fazemos é para atenuar essa dor. A felicidade suprema seria a ausência total de dor. Eis uma tentativa de contribuição para minorar esse sentimento … Como naquela expressão inglesa: I have my moments, em resposta à pergunta, Are you happy?

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Novos Centros de Interesse

Na cidade das minhas raízes familiares, há alguns anos atrás, tanto na Phillips como na Yazaki Saltano e antes disso na F. Ramada, Efacec e outros, em hora de entrada e saída, dos diferentes turnos, o número de pedestres, bicicletas, carros e autocarros era de uma quantidade tal que superava a hora de ponta de muitas localidades. Hoje em dia, apesar de ainda haver uma zona industrial razoável, Ovar, apesar de ter crescido, como cidade, não tem a mesma vivacidade em termos industriais.
Com o Dolce Vita à porta, foram saindo, na semana passada, os últimos trabalhadores (533), da produção de cablagens para o modelo do Toyota Corolla, da Yazaki Saltano. De um lado da circular norte a opulência de um centro comercial que apela ao consumo, e que todos gostam, incluindo eu, presunçoso intelectual, do outro, um empreendimento industrial enorme, que chegou a empregar cerca de 4000 pessoas, num silêncio moribundo. Outro contra-senso, um pouco mais abaixo, a antiga Empresa da Argibetão, a cair aos pedaços, à espera de ser transformada num Carrefour.
Parece ser irónico que com tanto desemprego existente e emergente na cidade, existam (por exemplo, dois Retail Parks) e continuam a aparecer tantos empreendimentos comerciais gigantes e muita construção habitacional. Por um lado isto reconforta-me por ver tanta vivacidade comercial e turística (prevê-se mega empreendimentos hoteleiros e de golfe para breve, na zona das praias e ria) e por outro lado deve ser um sinal de que haverá empregos nesses sítios que irão, em grande parte, diminuir os índices de emprego.
Faz-me lembrar a cidade onde actualmente resido, Viseu, que de industrial quase nada tem, mas que já vai na construção do segundo grande centro comercial e de um Retail Park, e constrói-se fogos como se não houvesse amanhã. No entanto, para além de ser sede de concelho e comarca como Ovar, também é capital de distrito, e consequentemente vive muito de serviços, para além de ter uma população estudantil razoável, fruto dos vários estabelecimentos de ensino superior que vegetam na urbe.
Não sou economista, nem sociólogo. Isto tudo causa-me uma certa confusão, porque parece ser o que se passa na generalidade das cidades do nosso país. Não estou a dizer que seja mau, simplesmente estranho.

Enfim, haja saúde … e dinheiro!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Terror Passo a Paço


Em nome de todas as santidades
Os politeístas se desdobram
Campanhas tenebrosas preconizam
Leviandades, falsidades e barbaridades

Desde o nosso sagrado correio violado
Duma estátua que chora
E cujas lágrimas a ignorância devora
O medo, com dinheiro, é semeado

Aos blogues com imagens horrendas
De um feto de trinta semanas degolado
Da loucura inebriante do incenso imanado
Vozes ferozes se entrecruzam nas avenidas

Juntando-se no Terreiro do Paço ao pé
De um homem que em vão os expulsou
Cantando para os céus rezou
Esse grupo com desígnios de fé

E que como muitos outros têm em mente
A sua superioridade moral demente
Outros choram lágrimas de verdade
Pela falta de bom senso e humanidade

domingo, janeiro 07, 2007

O Sete


Não tendo tido grande vagar ultimamente para vaguear por aqui, lembrei-me hoje, dia 7, modernamente o 7º dia da semana, nos inícios de 2007 de desejar a todos um ano de sorte que é associado a este número. Espero que os últimos três dígitos deste ano não dêem licença para matar. Mas, também, há quem não precise de licença, não é verdade?

O número 7 é um número fascinante e fantástico. É considerado o número de sorte por excelência. Há muitos jogadores de futebol que gostam de jogar com o número 7. É um número especial guardado para os jogadores especiais em todas as equipas do mundo. Eu próprio em pequeno quando jogava futebol, por causa do famoso meio - campista, do Liverpool, Kevin Keagen, queria sempre jogar com o número 7. E joguei!
E as sete maravilhas do mundo. Enfim, há mais, mas tinham que ser delimitados a 7.

E a Branca de Neve e os 7 anões entre 7000 outras histórias no domínio do fantástico que recorre a este número mágico, para não falar que um dia Deus farto do seu rame -rame eterno de repente lembrou-se de criar o mundo em 7 dias, tendo criado o próprio dia, num desses dias (?!?). Talvez quisesse prolongar o seu prazer porque poderia tê-lo feito em 7 segundos ou até 7 milésimos de segundo ou …

Há, também, a Seven Up, igualmente divina, com várias teorias sobre a origem do seu nome. Mas o importante é que o 7 fica sempre bem.

Foi isto que me veio à cabeça, em cerca de 7 minutos, quando pensei neste número podendo dizer muito mais se puxasse um pouco pela supra.
Se quiserem podem me lembrar de mais coisas associadas a este número mágico, mas mesmo se não o fizerem vou vos desejar UM FELIZ 2007!